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PSICOLOGIA VIVA

02 setembro, 2021

Projeto de vida - ATIVIDADE PARA NOTA - 8ºano

 

Professora Ida Maria

Projeto de vida
8ºA/B/C
cel: (19) 98153-6415

A frágil saúde dos adolescentes 

Os adolescentes passam por tantas transformações que mesmo eventuais problemas de saúde podem ser vistos como passageiros. Algumas alterações são normais nessa fase, mas nem tudo pode se resolver mais tarde sem maiores dramas. Dois amplos inquéritos nacionais – um com 75 mil e outro com 100 mil adolescentes avaliados em todo o país – desenharam um quadro preocupante da saúde da rapaziada. Um em cada quatro adolescentes apresentou excesso de peso (sobrepeso ou obesidade) e um em cada dez, hipertensão arterial. De acordo com os exames de sangue feitos em um dos estudos, um em cada cinco apresentou taxas acima do recomendável de colesterol total. Essas alterações metabólicas ampliam o risco de morte por infarto e favorecem o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes. A obesidade, a inatividade física e o tabagismo, também encontrado entre os jovens em níveis que os especialistas consideram preocupantes, podem contribuir para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer. O excesso de gordura em circulação no organismo pode prejudicar até mesmo o funcionamento do hipotálamo, a região do sistema nervoso central que, entre outras funções, controla o apetite.

Um dos levantamentos, o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), mobilizou cerca de 500 pesquisadores de 30 universidades do país. Em 2013 e 2014, os entrevistadores coletaram informações sobre 75 mil adolescentes de 12 a 17 anos em 1.247 escolas públicas e privadas de 124 municípios de todo o país. De acordo com esse estudo, financiado pelo Ministério da Saúde (MS), o sedentarismo, que pode levar ao ganho contínuo de peso, é alto. A maioria (54,3%) dos adolescentes avaliados não pratica atividades físicas regulares além das aulas de educação física, de modo a atingir as cinco horas semanais de exercícios, recomendáveis para essa faixa de idade.

A maioria (66,6%) também passa duas ou mais horas por dia na frente da televisão, diante da qual prefere fazer as refeições, nem sempre regulares. Metade dos participantes do estudo relatou o hábito de tomar café da manhã e fazer as refeições com os pais, mas a outra metade, principalmente os estudantes de escolas públicas, não tem horários regulares e companhia dos familiares, e mantém uma alimentação desequilibrada e pouco nutritiva, com muitos alimentos industrializados, em geral muito calóricos, com níveis elevados de gordura e sal.

“Temos de nos preocupar com os problemas de saúde e com os hábitos dos adolescentes, como o sedentarismo, o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, que dificilmente serão modificados depois”, comenta a médica Katia Vergetti Bloch, professora de epidemiologia do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora nacional do Erica, detalhado em 13 artigos publicados na edição de fevereiro da Revista de Saúde Pública. “O risco de se tornarem adultos com problemas crônicos de saúde é muito alto.”

“A obesidade tornou-se um problema de saúde pública a partir da década de 1980, quando as empresas produtoras de alimentos industrializados descobriram como conservar melhor e ampliar a distribuição de seus produtos, primeiramente nos Estados Unidos e Inglaterra e depois em outros países”, informa a bióloga Ana Lydia Sawaya, professora da Unifesp e uma das fundadoras do Cren, que dirigiu até 2006. “A obesidade está caindo nas classes mais altas, por causa do reconhecimento das causas, mas continua crescendo nas mais baixas. Em consequência, agora estamos vendo crianças com 12 anos com diabetes tipo 2, resultante do excesso de açúcar no sangue, e esteatose hepática, o acúmulo de gordura no fígado. Em 30 anos, nunca tinha visto casos assim”, diz ela, referindo-se aos primeiros exames de um novo projeto do Cren para tratar 930 crianças obesas com 10 a 12 anos de idade que estudam principalmente em escolas públicas.

“Não é difícil nem caro eliminar a desnutrição e a obesidade como problemas de saúde pública”, diz Ana Lydia. “O Estado já tem uma estrutura para passar conteúdo sobre boa alimentação de modo persuasivo, compreensível e adequado, por meio de campanhas em postos de saúde e formação em nutrição das equipes dos programas de serviço da saúde.” Para ela, a venda de alimentos ultraprocessados em escolas e para crianças com menos de 18 anos deveria ser proibida, como já se faz com cigarros. “Uma legislação adequada traria um impacto imediato em milhões de pessoas.” Segundo a Pense, metade dos estudantes de escolas públicas pode comprar doces, refrigerantes e salgadinhos industrializados nas cantinas de suas escolas e comer guloseimas quase todo dia.

ATIVIDADE
Faça uma propaganda para conscientizar os adolescentes a cuidarem da própria saúde. Podem fazer uma vídeo, um cartaz, um meme, um panfleto informativo ou o que mais pensarem.
Me entreguem na escola ou enviem até ás 24:00 de 10/09.