Leia o texto: Saúde mental em tempos de pandemia
O preparo emocional é tão importante quanto os
protocolos sanitários na retomada às aulas pós-pandemia, afinal, esse período
singular que vivenciamos de isolamento social, fez com que mudássemos
nossas vidas: rotina e espaço de trabalho, atendimento aos alunos e familiares,
orientações aos educadores para as aulas remotas e muito mais.
Toda
mudança, normalmente, gera desconforto e insegurança e a comunidade escolar foi
uma das mais atingidas no seu dia a dia: gestores, educadores, alunos e
familiares sentiram-se perdidos. Não ir mais à escola causou grande
instabilidade e mudança de rotina. Mas, pouco a pouco, fomos nos adaptando
ao mundo digital:
A
sala de aula foi deslocada para as nossas casas e mediada pelo computador e
celular.
Foi
necessário nos adaptarmos à comunicação digital: escrever e responder e-mails /
mensagens e conhecer novas ferramentas para gravação / edição de vídeos;
Os
professores planejaram aulas e participaram de reuniões pedagógicas on-line;
Demos
apoio emocional aos alunos e suas famílias.
As
famílias também tiveram que se adaptar e fazer acontecer o ensino a distância:
ajudar os filhos a compreenderem a necessidade de continuarem com os estudos,
com as matérias e intensificar as lições a cada dia.
Os
estudantes sentiram falta da interação com os colegas e precisaram aprender a
se organizar para fazer caber em sua nova rotina o estudo de todas as
disciplinas.
Tais
mudanças vieram carregadas de um aumento nos níveis de ansiedade, medo,
incerteza, insegurança e, em alguns casos, até depressão e síndrome do pânico.
Muitos
de vocês devem estar preocupados com a recuperação do conteúdo escolar. De
acordo com a pesquisa “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus”, da Conjuve
(Conselho Nacional da Juventude), oito em cada 10 jovens entre 15 e 29 anos
realizaram alguma atividade via ensino remoto. Mas pelo menos 48% deles sentiram
dificuldade em organizar seus estudos em casa. Essa situação pode deixar a
sensação de que o ensino ficou defasado e que há muito conteúdo para recuperar.
Porém é preciso diminuir a cobrança sobre si mesmo e reconhecer que passamos
por um momento atípico.
A
diretora executiva e psicóloga do LIV, Joana London comenta que já é difícil
lidar com a autocobrança em um momento normal. “É preciso ter um olhar mais
cuidadoso agora que estamos socialmente vivendo um momento inesperado”. Apesar
da ansiedade para que tudo volte a ser como antes, é preciso reconhecer que
estamos aprendendo a lidar com esse “novo normal”. Praticar a “não-cobrança” vai
ajudar controlar esse sentimento.
Atividades:
Depois de ler o texto
acima, responda as perguntas:
Levando em consideração
que ter saúde mental é estar bem consigo mesmo e com os outros, aceitando as exigências da
vida, como
você está?
Como foi a sua rotina
durante a pandemia e qual foi seu maior desafio?
Como você está se
sentindo com o retorno das aulas?
O que você acha que vai
mudar no mundo após essa pandemia?